sábado, 31 de dezembro de 2011

Sexta-Feira e REVEILLON

Voltei pra Auckland.

Tinha cansado de ficar tomando chuva e ainda pagando hosteis. E foi a melhor coisa.

Encontrei na sexta a Arianna, a melhor amiga que eu poderia ter feito por aqui. Conversamos por 5h até sermos expulsas do pub... foi fantástico!


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O réveillon começou no ponto de encontro usual: na frente da escola. A policia havia fechado toda a avenida principal para evitar qualquer acidente.


Decidimos vir para meu flat até dar 23h30, então subimos a colina (porque eu moro na parte mais inferior de uma colina maldita – e esse trajeto sobe-desce tem que ser feito 2 ou 3 vezes, dependendo do dia – e esta me deixando com umas pernas...).

Tentamos ver os fogos que seriam disparados do Sky Tower, mas estava nublado demais, então valeu só pela companhia.



Depois, fomos em busca de alguma balada. Andamos, encontramos gente no caminho, agregamos, andamos mais, agregamos mais... no fim, chegamos em uma balada no porto muito boa! E olha que eu não sou la muito fã de balada...

Saimos as 6h30 e, como rotina, passamos em algum fast food pra uma boquinha.

Eu, Marieke, Sophie e Arianna



Depois, rumo a colina maldita, metade dormiu no chão da sala e a outra foi pra casa.

Boa noite.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Ai, que dia! Ninguem merece chuva...

Mas issa não impediu de sair por ai, por mais que o mau humor prevaleceu por conta de não podermos subir no vulcao, ainda encontramos outras coisas pra fazer: 

Museu Puke Ariki 

Galeria de Arte 

Caminhada ao outro extremo (6km), até o Porto Taranaki onde se pode ver melhor as pequenas Ilhas de Moturoa e Whareumu.


Isso e ainda nem eram 13h.

Cansada da chuva, decidi voltar e ficar no hostel lendo.

Acabei fazendo amizade com dois londrinos: a moca falava português fluente pois os amigos do trabalho a ensinaram, e o homem a estava guiando pois eram amigos no passado mas ele mudou-se para Nova Zelandia depois de casar-se com uma Kiwi.

Assistimos Sleepy Hollow do Tim Burton e depois jogamos cartas...

No fim, o dia não foi uma perda total...

Vulcão Taranaki
Eu ainda subo lá!




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

NEW PLYMOUTH


O dia começou, ainda em Whanganui, comigo e com a Janna sendo expulsas do hostel as 10h da manhã. Felizmente as pessoas aqui são muito boas, principalmente em cidades pequenas, e conseguimos uma carona ate a rodoviária.
Esperamos, lemos, escrevemos, conversamos, falamos no telefone e ate fizemos as unhas para matar as 4h que tínhamos que esperar pelo ônibus.


Chegando em New Plymouth, depois de nos instalarmos no hostel, eu e Janna decidimos nos separar para cada uma fazer seus planos e depois nos encontrarmos no fim da tarde.
Comecei do iSite. Alias, é sempre o melhor jeito... Não apenas pelos highlights da cidade, mas também pelos eventos que estão ou irão ocorrer.
Desanimei um pouco quando o senhor disse que no dia seguinte eu (nem ninguém) poderia subir no vulcao Taranaki por conta do mal tempo. Com isso, perguntei: ‘’Mas então o que tem pra fazer nessa cidade?’’. E a infeliz resposta: ‘’museus...galerias de arte...’’. Nãããããoooo!!!! Não foi por isso que eu vim até aqui! Isso explica meu dia seguinte ocioso.
Enfim, ele disse para eu aproveitar o fim da tarde para caminhar na praia e fazer a trilha que tinha rio acima, alem do show de luzes no Pukekura Park.
Foi o que eu fiz. Decidi contornar a orla da cidade, chegando até o outro extremo. A caminhada chama-se Coastal Walkway, com 8km no total.


















Dei muita sorte pois, por mais que estava nublado, ainda não estava chovendo e deu pra aproveitar o fim da tarde.
Logo depois, encontrei a Janna no parque, e descobrimos que na semana do Natal estavam ocorrendo shows diariamente de bandas nacionais. A da noite de quarta-feira tocava musica Irlandesa. 
Foi super aconchegante. Todo mundo sentado no chão do parque, familias, criancas, idosos. 
Muito boa a banda! Recomendo.




terça-feira, 27 de dezembro de 2011

WHANGANUI

População
40 700 habitantes

Brevíssima História

Há registros de assentamentos Maori por volta do ano 1100. Nesta época a cidade chamava-se Petre, mas em 1840 com a chegada dos Europeus que já vinham de Wellingtoncom o intuito de instalar um porto maior na região, esta foi nomeada de Grande (Nui) Porto (Whanga).

Ao chegarem na região, os Europeus convenceram os Maoris a ‘’ceder’’ a terra por alguns presentes. Quando os nativos entederam que a troca seria permanente, iniciou-se um conflito que durou 7 anos e terminou com um acordo estipulado pelo governo.

Muito tempo depois, com a criação de portos para grandes navios em Auckland, New Plymouth e a melhoria do de Wellington, o de Whanganui decaiu, e acabou colaborando com a decadência da cidade.

Hoje, a cidade baseia-se em turismo e artesanato e seus satélites, com grandes indústrias.

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A cidade é pequena, mas o hostel era loooonge... parecia um chalé de Campos do Jordão – uma graça!

Lá conheci gente muito especial:

Um Gaucho que ganhou uma viagem de estudos para Nova Zelândia, e assim como eu, tirou a semana do feriado para rodar pelo país. Calma! Grande detalhe: de bicicleta! Sim, ele saiu de Rotorua (uma cidade que fica há algumas horas de Auckland) e ele pedalava de uma cidade pra outra (cerca de 3-4 horas pedalando)! Cara... Radical!

No fim das contas, ele tinha planejado ir até Wellington. 800 km!

Conheci também uma Alemã que acabou me acompanhando nos próximos dois dias no trajeto.  

Bom, no dia 27 eu e ele fomos conhecer a cidade:

Galeria de Artes
Museu da Cidade 

Túnel construído em 1919 por dentro de uma montanha e chega até o elevador que leva até o topo

Vista do topo da montanha, sentido interior
Vista do topo da montanha, sentido litoral

Monumento em homenagem aos combatentes de Whanganui da 1a e 2a Guerra

Depois de vermos tudo – sim, tudo! A cidade é um ovo...haha! Mas é fofinha... parece cenário de filme – decidimos andar até até a praia. Eram cerca de 14 km pelo mapa. Chegando nos 10 km, cansados e um pouco perdidos, uma senhora viu que estávamos nessa situação e ofereceu ajuda. Quando falamos que queríamos ir até a praia, ela disse boa sorte mas tinha que ir pro centro da cidade. Em menos de 2 minutos, ela voltou, acho que com um peso na consciência, e nos deu carona até lá.

Que lugar maravilhoso!

A areia é preta, acredito que por conta da erosão das pedras vulcânicas – lá é uma região que era muito ativa há milhares de anos – e o mar traz troncos de árvores, que sofrem algum processo de salinização e ficam brancas.

O contraste da areia, troncos e mar azul é fantástico. 



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PARAPARAUMU


População

6840 habitantes

É a principal e mais desenvolvida cidade da Costa do Kapiti, e cidade satélite de Wellington.
A pronuncia correta é ‘’Pah-ra-pah-ra-oo-moo’’ e significa ‘’restos vindos do forno’’.

A lenda provinda dos Maoris é da época que houve uma ataque de guerra a um assentamento, por parte desse povo, porem eles encontraram apenas restos de comida.

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A praia é linda e paradisíaca. Pode-se ver a grande Ilha Kapiti e a imensidão do Mar da Tasmania. 



Uma história engraçada:

Faltava cerca de 30 minutos para eu ir embora, quando chegaram 4 mulheres na faixa dos 40-50 anos e sentaram bem na minha frente e pouco atrás de um menino que estava mochilando como eu.

Eu sei lá o que elas tomaram, mas começaram a conversar com o menino, mas me parecia bem com segundas intenções (Ai que horror!).

Depois de cinco minutos super interessadasna vida dele, elas decidiram tirar um foto e pediram para que eu o fizesse.

Nada pouco abusadas – humpf! Começaram a fazer um book delas e do menino junto – que também estava super sem graça. Logo, quem estava envolvida no cenário? Sim, eu... ai as poses eram tipo Barbie e Ken na praia de Malibu, John Travolta nos tempos da brilhantina, Bay Watch – sendo que nenhum componente da foto tinha um mínimo de sex appeal.

Acha que é só isso? Há!

Depois do book feito, peguei minhas coisas e quando fui me despedir elas tentaram fazer um shiduch (tipo um casamento arranjado)! Ai, vergonha foi pouca!

Uma foto aí do meu futuro noivo Belga e outra da montagem no cenário... ai ai...Hahaha!




WELLINGTON PARTE II

 O dia começou cedo... 6h30 pra ser mais precisa.

A ideia realmente era madrugar para poder conhecer a cidade toda em um dia. Pena que eu não lembrei que o Natal eles comemoram aqui no dia 25, não como no Brasil que tem a ceia no 24 e 25 ficam com a famíla...

Enfim, todos os locais privados estavam fechados então reorganizei meus planos para conhecer a cidade e os edifícios a pé e entrar apenas em locais públicos.



1ª Parada (sem paradas): Walking Tour
Universidade de Victoria 
Rodoviária e Ferroviária 
Parlamento e Palácio da Justiça 
Cable Car: que estava fechado
Casas constrídas com influência Britânica 
Monumento em homenagem
a 1ª e 2ª Guerras Mundiais
  
Beehive: construção modernista
que compõe um dos prédios do governo





















Igreja: principal e
mais antiga de Wellington 

Town Hall 

Centro Cívico: praça com muitas esculturas 


Banheiro Público – Ta, isso não faz parte da rota, mas eu fiquei realmente impressionada com a limpeza e sofisticação de um banheiro público. E isso é em todos os lugares! 

Porto de Lambton











Depois dessa caminhada, fui em direção ao Monte Victoria, localizado no sudeste da região.

Foi cansativa a trilha mas valeu a pena, tanto a subida pela trilha comum, quanto a decida pela trilha routs, que ia em direção ao outro extremo da cidade.

O monte tem 196 metros e uma das vistas mais bonitas que eu já vi. Do topo pode-se ver toda a cidade, o porto, algumas ilhas, as reservas ecológicas e se forçar bem, uma ponta da Ilha Sul.

Só a imensidão do mar da Tasmania e o Estreito de Cook já é lindo. 

 


Como já disse, a decida foi emocionante. Me senti no programa No Limite.

Chegando na praia, a vista maravilhosa do topo podia ser comparada de igual para igual com a vista no nível do mar. E o divertido foi que algumas famílias decidiram comemorar o Natal na praia, então alguns estavam vestidos de Papais Noeis e distribuindo os presentes. 

 


Logo, fui em direção ao Museu Te Papa.

Pouco antes de chegar, me deparei com uma árvore de Natal gigante rodeada de puffs!

Enfim, o Museu é bem parecido com o de Auckland, com uma parte sobre a história Maori-Britânica, outra com a participação dos Neo-Zeolandeses nas Guerras Mundiais e outra com a flora e fauna da região e do país.

Muito interessante, mas como já tinha visitado o de Auckland, achei um tanto repetitivo.

domingo, 25 de dezembro de 2011

WELLINGTON

População
164 000 habitantes

Brevíssima História

Parte I: Formação das Ilhas

Kupe, o grande explorador da Polinésia, nomeou as ilhas próximas a Wellington em homenagem a suas filhas Matiu (significa ‘’Algumas Ilhas’’) e Mikaro(significa ‘’Ilhas do Destrito’’).

Após viajar ao sul da costa leste da Ilha Norte, ele e seus companheiross descansaram no porto. Nesta região,uma pedra foi nomeada como uma homenagem de Te Aroaro-o-Kupe, que significa ‘’A Presença de Kupe’’.

Kupe partiu para explorar o outro lado do Estreito de Cook, mas o local era tão distante que seus companheiros ficaram com medo de proseguir. Simultaneamente, uma de suas filhas se atirou do penhasco da Costa Sul, manchando as pedras abaixo desangue. Desde então, essa área, com as pedras de cor rústica, ficou conhecida como Pari-Whero (Red Rocks).

Sem delongas, Kupe decidiu retornar a sua casa na Polinésia.

De acordo com as lendas, assim que eles começaram sua jornada de volta pela costa Oeste, as ilhas Kapiti e Mana foram formadas.

Parte II: Região de Wellington

O nome original de Wellington na língua Maori é Te Whanganui-a-Tara que significa ‘’o grande porto de Tara’’. A região foi nomeada depois a do filho do chefe Whatonga, que se estabelece na costa chamada Hawke’s Bay.

O chefe Whatonga enviou seu filho Tara e seu meio irmão para explorar a regioão sul da Ilha Norte. Após um ano de expedição, os dois retornaram dizendo maravilhas da região. Logo, todos os seguidores de Whatonga mudaram-se para lá.

Parte III: Europeus

Quando os Europeus chegaram na região em 1840 e propuseram aos Maoris que ai viviam de comprarem a terra do Porto de Nicholson (Poneke), com a intenção de construir duas grandes cidades,onde uma seria o centro comercial próximo ao porto e a outra, uma zone agrícola.

Contudo, os Maoris negaram a negociação, e ainda assim, as Companhias de Navegação Neo Zeolandesas o fizeram ilegalmente.

Em 1865, o governo mudou-se de Auckland para Wellington devido a localização central no país.

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Bom, a Jornada nº1 teve início no dia 24/12, véspera de Natal.
Peguei um ônibus rumo a Wellington que tomou cerca de 11h, com direito ao jardim de Infância da Vovó Mafalda, 3 paradas em ‘’Graais’’ (as aspas são porque os graais eram super rústicos, parecendo lanchonete de filme americano dos anos 40, com mulheres de bobs na cabeça, em casas que mais pareciam celeiros de madeira abandonados, banheiro com porta de lua do lado de fora e com zero opção de comida – mais ainda sim cobrando uma fortuna!).

 
Ok, a Jornada foi no mínimo bonita – pra quem não conseguiu dormir nada pelos choros das crianças – e pela amizade que eu fiz com a neném Maori (6 ou 7 anos) que estava do meu lado. Foram cerca de 1 hora de jogo da velha e 1 hora de forca – pena que só nos 45 minutos do 1º tempo eu descobri que ela mal sabia escrever... Haha!

Bom, chegando em Wellington, não podia ser melhor... o hostel ficava na frente da rodoviária.

Ao me instalar, quando podia estar em qualquer outro quarto e com gente de qualquer lugar, quem estava no meu quarto? 3 Israelenses e 1 Belga. Quando percebi, logo avisei: ‘’Falo hebraico viu...’’.

Foi ótimo! Vim pro outro lado do mundo pra treinar o inglês e ganho de bônus aluns dias falando hebraico pra não esquecer!

Acho que foi o melhor Natal que eu poderia ter... Hahahaha!